Rosso come il cielo, título original do filme, foi produzido em 2006. |
Utilizando um gravador velho e sua fabulosa imaginação, Mirco Mencacci (Luca Capriotti), toscano de 10 anos fascinado pelo cinema, cria as mais encantadoras histórias sonoras. A melodia do vento, as folhas balançando, o respingar d'água, tudo transforma-se nas mãos de Mirco numa história. Parece ser impossível para um garoto que após um acidente torna-se cego. Mas o que para alguns é limitação, para Mirco é algo que impulsionará suas fantasias.
Após o acidente, a escola onde ele estudava não o aceita como uma criança normal - o governo italiano nessa época, década de 1970, obrigava por lei que todos os deficientes visuais fossem enviados para instituições especializadas. Enviado para Gênova, Mirco passa a estudar num instituto cristão, administrado por um diretor, também cego, e um conjunto de freiras para auxiliar as crianças. Além disso, havia um padre encarregado de ensinar as crianças leitura em braile, percepção tátil, entre outras atividades para desenvolver a capacidade cognitiva. É nessa instituição que Mirco, na mais pura fase de inspiração, a infância, irá lutar contra todos a troco da sua felicidade.
O diretor da escola especial, ainda preso a métodos ortodoxos, tentará impedir a fase de descobertas, criações, construção de identidade. Mas o toscano, determinado, não deixará de sonhar.
Essa produção do italiano Cristiano Bortone presenteia aqueles, assim como Mirco, apreciadores da sétima arte. O filme, carregado de uma leveza, faz-nos admirar uma das fases da vida, que para alguns, tornar-se-á memórias de nostalgia: a infância.
Baseado na vida do eminente editor de som da cinematografia italiana, Mirco Mencacci, Vermelho como o Céu é daqueles filmes para se assistir inúmeras vezes.
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