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Mostrando postagens de 2013

A nave dos idiomas

Aprender um novo idioma é embarcar numa nave que o levará a outro mundo. Se você já estudou algum idioma e parte para o segundo ou terceiro, você talvez se encantará com as convergências linguísticas - a intensidade do encantamento variará em função da sua sensibilidade e interesse para com a nova língua. É necessário no aprendizado muita dedicação, sem ela você evoluirá pouco ou não evoluirá, ou seja, perderá seu tempo. Busque encantar-se com cada aula, com cada descoberta. Elas serão seu combustível para seguir em frente. Comunicar-se com um idioma que não seja o de berço é libertar-se, é compartilhar seu mundo e receber o mundo do outro com o qual a comunicação é mantida. O espírito - pelo menos o meu - se regozija quando cada nova palavra é proferida, quando cada nova palavra é aprendida, quando percebo minha evolução. Aprenda com paixão, deslumbre-se, espante-se  com o caminho percorrido por essa nave tão maravilhosa - a nave dos idiomas - e lembre-se o condutor dela é você. 

A escola brasileira e a fragmentação do ensino

* Por Viviane Mosé A educação brasileira é como um linha de montagem, onde a repetição e segmentação imperam. O modelo escolar que ainda predomina no Brasil foi diretamente marcado por dois fatores, a industrialização tardia e o regime militar. Inspirada na linha de montagem de uma fábrica, que fragmentou o trabalho humano tendo em vista o aumento da produtividade, nossa escola se caracterizou pela fragmentação, pela segmentação como modo de ação, como método. A vida escolar se organiza em séries, e os saberes se dividem em diversas disciplinas, sem conexão umas com as outras, ministradas em aulas de 50 minutos, que ainda se anunciam  por um sinal sonoro. O espaço é sempre muito segmentado, dividido por inúmeras salas, corredores, com pouco espaço de convivência, com pouca circulação. O objetivo era segmentar para aumentar a produção, o país precisava produzir mão de obra em massa para suprir a engrenagem industrial que estava nascendo. A escola para todos é uma escola de mass

Dia do Leitor

Livros, de Van Gogh Em comemoração ao Dia do Leitor, indico um livro muito agradável de se ler. Trata-se de No mundo dos livros, do paulistano José Mindlin, um dos maiores amantes dos livros. Antes de falar propriamente sobre o livro, farei uma breve biografia do maior bibliófilo brasileiro.  José Mindlin nasceu em São Paulo no ano de 1914. Filho dos judeus Ephim Mindlin e Fanny Mindlin, José Mindlin desde criança mostrou seu interesse pela leitura, já que seus pais eram ávidos leitores. De 1932 a 1936, cursa a tradicional Faculdade de Direito do Largo do São Francisco. Trabalhou como advogado, empresário e jornalista. Dentre os seus clientes no escritório onde trabalhava tinha o escritor Monteiro Lobato e o historiador Caio Prado Jr. acusados na época de serem comunistas. No decorrer de sua vida, Mindlin monta aquela que mais tarde viria a ser considerada a maior e mais importante biblioteca particular do Brasil. Infelizmente, em fevereiro de 2010, esse grande bibliófil