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Mostrando postagens de setembro, 2011

Para que servem as ficções?

Hoje, fui estudar Português e para minha felicidade apareceu um texto maravilhoso, escrito por Contardo Calligaris. De forma mágica, ele mostra aos leitores a importância das ficções na construção da humanidade.                   Cresci numa família em que ler romances e assistir a filmes, ou seja, mergulhar em ficções, não era considerado uma perda de tempo. Podia atrasar os deveres ou sacrificar o sono para acabar um capítulo, e não era preciso me trancar no banheiro nem ler à luz de uma lanterna. Meus pais, eventualmente, pediam que organizasse melhor meu horário, mas deixavam claro que meu interesse pelas ficções era uma parte crucial (e aprovada) da minha “formação”. Eles sequer exigiam que as ditas ficções fossem edificantes ou tivessem um valor cultural estabelecido. Um policial e um Dostoiévski eram tratados com a mesma deferência. Quando foi a minha vez de ser pai, agi da mesma forma. Por quê?             Existe a idéia (comum) segundo a qual a ficção é uma “escola de vida”

Meu sonho foi destruído

Já se foi o tempo em que engarrafamentos eram causados por acidentes ou por trabalhadores em obras. Hoje, pensar em ruas e avenidas é pensar em congestionamentos, obviamente em ruas esburacadas. É algo indissociável. É um dos órgãos da falta de estruturação urbanística. É algo que poderia ter sido evitado. Entretanto, nada foi feito pelos governantes. Vimos o número de carros aumentar e a largura das avenidas estreitar. Querem um exemplo? Pois não. Darei com o maior prazer. A majestosa Av. Conde da Boa Vista. Os usuários de ônibus que o digam. Lembro muito bem da largura da avenida. Era larga, bem larga – exageros ou desejos a parte. Mas não! Fizeram aquela inteligente obra na qual não há espaço nem para uma pena entre os ônibus. Para os carros de passeio: apenas uma via. Imagino o dia em que um carro quebrar. Haja estresse. Digo que meu sonho foi destruído, pois há alguns anos, e não faz tanto tempo, eu sonhava em ter um carro. Hoje, não sinto vontade. Já sou estressado por natureza.

Meu Guri

Lembrei de uma música de Chico Buarque que marcou minha infância. Numa prova de Português, uma das questões de interpretação era a música Meu Guri. Inicialmente, li, fiz a questão e nada de especial aconteceu. Entretanto, tempos depois me aparece no rádio essa música.  Estranhei. Sabia que já havia escutado antes, ou melhor, lido. Exatamente. Estava na minha prova de Português do Ensino Fundamental.  Agora, trago uma análise minuciosa da música, até porque cresci e, consequentemente, minha análise de mundo mudou. Vejamos a letra da música. Meu Guri   Quando, seu moço, nasceu meu rebento  Não era o momento dele rebentar  Já foi nascendo com cara de fome  E eu não tinha nem nome pra lhe dar  Como fui levando, não sei lhe explicar  Fui assim levando ele a me levar  E na sua meninice ele um dia me disse   Que chegava lá  Olha aí  Olha aí  Olha aí, ai o meu guri, olha aí  Olha aí, é o meu guri  E ele chega  Chega suado e veloz do batente  E traz sempre um presente pra me encabular  Ta

Os heróis da Marvel

Estava navegando na internet e encontrei um artigo publicado num blog paraguaio, chamado Divaguetaz - www.divaguetaz.com. O artigo fala das diferentes maneiras que escutamos e contamos as histórias. Fala também da maneira que gostaríamos que os fatos tivessem ocorrido. Foi dessa maneira que um fotógrafo indonésio, fanático pelos heróis da Marvel, criou uma série de imagens chamadas de Los verdaderos héroes do siglo   XX, como assim publicou Gabriel Benitez, dono do blog Divaguetaz. Confiram a criatividade! Mickey enfrente a uma Emergência Médica Darth Vader na Conferência de Yalta - 1945 Homem Aranha nas ruas de Paris - Cherbourg-Normandia - 1944