Longa lançado em 2008, Poucas Cinzas teria tudo para ser um grande filme, se não fosse a superficialidade do tema abordado e a atuação de Robert Pattison, no papel de Salvador Dalí, o gênio da pintura surrealista. A ideia do filme era retratar a Europa no pós-Primeira Guerra Mundial e o convívio social entre os intelectuais da época, permeado por relacionamentos amorosos, discussões políticas e artísticas
O caos trazido pela guerra e a modernidade, aceleradora da ambição humana, trouxeram para o homem mudanças na forma do fazer artístico. Com isso, surge o Surrealismo de Salvador Dalí, Frederico García Lorca e Luis Buñuel que compõe o filme.
Na minha humilde opinião, há uma quantidade enorme de informações sobre a época - não explorada pelo filme - que tornaria o longa muito melhor. As poesias de Lorca não foram bem exploradas, a produção de Dalí ficou com rápidas cenas nas quais Pattison rabisca telas e os filmes de Buñuel aparecem umas três vezes.
O filme baseou-se nas revelações feitas por Dalí, antes de morrer, sobre seu relacionamento amoroso com o poeta García Lorca.
É de se esperar uma produção fantástica sobre um período tão grandioso: Cubismo, Dadaísmo, Futurismo, Surrealismo... Uma riqueza histórica enorme, mas que não foi, como deveria, explorada pelo filme.
Quando estava assistindo, fiquei entediado com a atuação do "ator-vampiro" Robert Pattison. Infelizmente, Poucas Cinzas não trouxe a excelência do período Surrealista.
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