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Mostrando postagens de outubro, 2011

Graciliano Ramos e as lavadeiras

Carybé "Deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu ofício. Elas começam com uma primeira lavada, molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes. Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão. Batem o pano na laje ou na pedra limpa, e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota. Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar. Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa. A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer." Graciliano Ramos

Toda cultura determina de algum modo os papéis dos homens e das mulheres

            As particularidades de uma sociedade são ditadas pela sua cultura, ideologia e seu contexto histórico. Nessa perspectiva, uma criança, no seu desenvolvimento, sofrerá influências e influenciará todo o corpo social. Essa troca entre indivíduo e sociedade é chamada pela Sociologia de socialização. A partir daí, as pessoas passam a ter uma identidade social que as acompanhará durante a vida.             No mundo ocidental, essa identificação social foi construída seguindo certos padrões. No Brasil colonial, por exemplo, o funcionamento da sociedade era estabelecido segundo um patriarcalismo, ou seja, o homem detinha o controle político, econômico e principalmente social. Em contrapartida, eram dados à mulher papéis sociais inferiores. Para ela, as atividades eram todas aquelas que confirmassem sua natureza frágil. Percebe-se, assim, a construção de ideologias inibidoras para fazer das mulheres seres secundários. A própria religião, através de seus escritos, conferia às mulhere

O erro não é linguístico

        Brenhas esquecidas do interior de Pernambuco. Luta pela vida digna dos operários. Planalto da Alvorada. Só têm lógica essas frases, quando associadas à biografia do primeiro chefe de Estado brasileiro “peão”. Talvez, por ser nordestino, operário e falar “errado” é que o ex-presidente Lula conviveu, durante seus mandatos, com ácidas críticas proferidas pela mídia e pela classe dominante. Mas, por trás da “indignação”, provocada por um sujeito discordante e destoante em relação ao verbo a ele relacionado, está o preconceito, cuja prática segrega e hierarquiza as pessoas.               Bastava dizer “companheiros e companheiras”, seu conhecido jargão, para haver olhos atentos ao discurso do ex-presidente. Claro, qualquer “deslize” seria eficaz à crítica – incontente com o fato de o líder que emergira das classes populares ocupar tão alto cargo. Contudo, a função primeira da língua fora alcançada pelo antigo torneiro mecânico: transmitir a mensagem desejada ao receptor e fazê-lo c

A Carta do Ódio

A veracidade do documento foi comprovada por um especialista em caligrafia. O Museu da Tolerância de Los Angeles começou a exibir uma carta escrita por Hitler, no dia 16 setembro de 1919, seis anos antes do ditador nazista escrever seu livro Mein Kampf, que traduzindo para o português significa Minha Luta.  A carta mostra que o ódio pelos judeus já fazia parte das ideias do mentor do holocausto quando ele ainda era um cabo do Exército Alemão. No documento, há as seguintes palavras: "um governo poderoso poderia reduzir a ameaça dos judeus se negasse a eles os seus direitos. Mas o objetivo final seria a eliminação de todos os judeus juntos." Percebemos que Hitler, desde sua atuação como cabo, já fomentava as teorias racistas postas em prática no desenrolar da 2ª Guerra Mundial. Sobre o Museu da Tolerância de Los Angeles Museu da Tolerância de Los Angeles Nesse museu, os visitantes poderão encontrar diversos documentos, dentre eles, cartas originais escritas por Anne F

ANIMAGE - III Festival Internacional de Cinema de Animação de Pernambuco

Foram exibidos no Parque Treze de Maio 16 curtas de diversos países, como Grécia, Argentina, Polônia, Espanha e Brasil.  Seis curtas destacaram-se. Foram eles: Timing, de Amir Admoni - Brasil; Szafa Zbigniewa, de Magdalena Osinska - Polônia; Balanços e Milkshakes, de Erick Ricco e Fernando Mendes - Brasil; Fátima, de Jeferson Hamagushi - Brasil; Sambatown, de Cadu Macedo - Brasil e Playing Ghost, de Bianca Anselms - Reino Unido.  Confiram alguns dos curtas exibidos pelo ANIMAGE! Fátima - Jeferson Hamaguchi Esse curta conta a história de Fátima, uma mulher que tem uma relação ecológica com a água. Além disso, fala sobre sua infância marcada pela escassez de água. Serve para refletirmos acerca do uso consciente de um bem tão precioso que corre o risco de acabar.  Sambatown - Cadu Macedo Sambatown fala de um triângulo amoroso que acaba em tragédia. No filme, há elementos do candomblé e dos bailes de carnaval, ambos com raízes africanas. Trailer de Playing Ghost - Bianca Anselms

ANIMAGE - III Festival Internacional de Cinema de Animação de Pernambuco

Começou o III ANIMAGE. Desta vez, houve uma expansão em relação ao ano passado, segundo os organizadores do evento. As exibições dos filmes e curtas contam com vários locais, dentre eles o Cinema São Luís,  o Parque Treze de Maio e o Cinema da Fundação Joaquim Nabuco.  Há várias produções estrangeiras, contando com o cinema alemão, israelense, tcheco, canadense e, sem dúvida, o brasileiro. Dentre os diretores de cinema, destacam-se o brasileiro Gabriel Mascaro, o tcheco Jan Svankmajer e o israelense Gil Alkabetz. Na noite do dia 30 de setembro de 2011, ocorreu a abertura oficial do evento, que ocorrerá durante uma semana. No final, serão premiadas as melhores produções escolhidas, tanto pelo público como por um júri especial. Cobertura do ANIMAGE Foi exibido, no Cinema da Fundação Joaquim Nabuco, 7 curtas e um longa-metragem. Os curtas foram Romance (produção canadense), Bottle (produção norte-americana), En La Opera (produção argentina), Tempestade (produção brasileira), Xochimilc