É manhã.
O Sol começa a nascer.
O rio não está cheio.
Os pescadores lançam as redes.
Eles remam ao lado dos peixes,
Dos caranguejos e guaiamuns.
Ao lado das aves que procuram alimentos.
Os raios do Sol são refletidos pela água.
Água negra de lama,
Lama de mangue.
O cheiro é de mangue,
O mangue onde há o ciclo do caranguejo.
Onde os homens se alimentam dos caranguejos,
Onde os caranguejos se alimentam dos homens.
O cheiro é de lixo,
Lixo da cidade,
Lixo-esgoto,
Lixo putrefado.
O caranguejo-lata da Aurora repousa
Ao lado de Manuel Bandeira,
Ao lado do Ginásio.
João Cabral sentado à margem do Capibaribe
Pensa no Severino de Maria, no Cão sem plumas
Na engenharia poética.
Os olhos, mesmo assim,custam a perceber a poesia
Na Aurora ou no rio
No mangue ou no lixo.
Custam porquê?
Mateus Lins
O Sol começa a nascer.
O rio não está cheio.
Os pescadores lançam as redes.
Eles remam ao lado dos peixes,
Dos caranguejos e guaiamuns.
Ao lado das aves que procuram alimentos.
Os raios do Sol são refletidos pela água.
Água negra de lama,
Lama de mangue.
O cheiro é de mangue,
O mangue onde há o ciclo do caranguejo.
Onde os homens se alimentam dos caranguejos,
Onde os caranguejos se alimentam dos homens.
O cheiro é de lixo,
Lixo da cidade,
Lixo-esgoto,
Lixo putrefado.
O caranguejo-lata da Aurora repousa
Ao lado de Manuel Bandeira,
Ao lado do Ginásio.
João Cabral sentado à margem do Capibaribe
Pensa no Severino de Maria, no Cão sem plumas
Na engenharia poética.
Os olhos, mesmo assim,custam a perceber a poesia
Na Aurora ou no rio
No mangue ou no lixo.
Custam porquê?
Mateus Lins
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