Pular para o conteúdo principal

Movimentos Artísticos do século XX

A arte do século XX surgiu pelas contradições da sociedade. O homem desenvolvia inúmeros artifícios tecnológicos, como a computação e os satélites, os quais agilizavam a troca de informações entre os povos. Todavia, os avanços não privilegiaram todos. Há regiões muitos ricas e outras extremamente dependentes do capital dos países desenvolvidos. Além disso, o homem do século XX vivia ao redor da mais perversa criação humana: as guerras.
Com essas dicotomias, o Cubismo, o Expressionismo, o Surrealismo, dentre outras expressões artísticas passaram a enxergar a realidade, representando através de pinturas e esculturas o mundo refém das disparidades sociais e das catástrofes provocadas pelos conflitos armados.

O Cubismo

O Cubismo foi um movimento artístico preocupado em representar a realidade de maneira distorcida, através de representações geométricas, como o cone, o cilindro e o cubo.


Pablo Picasso


Picasso é o principal representante do Cubismo. Desde muito jovem já pintava. Suas obras estão inseridas em fases. A fase Azul, por exemplo representa a tristeza e a melancolia dos mais pobres.
"Depois de descobrir a arte africana e compreender que o artista negro não pinta ou esculpe de acordo com as tendências de um determinado movimento estético, mas com uma liberdade muito maior, Picasso desenvolveu uma verdadeira revolução na arte" - trecho extraído do livro, História da Arte, de Graça Proença.
Aos poucos Picasso volta seu olhar para os conflitos vividos pelo homem europeu. Em 1937 pinta o seu mais famoso mural - Guernica.

Este mural representa a indignação do bombardeio da aldeia espanhola de Guernica autorizado pelo ditador Franco. Nesse massacre, crianças, mulheres e trabalhadores foram mortos. Certa vez um soldado alemão ao ver a Guernica pergunta a Picasso: Quem fez essa merda? Picasso, genialmente, reponde: Foi vocês! Vale lembrar que o ditador Franco aliou-se a Hitler, utilizando a nascente Luftwaffe - aviação alemã - para praticar a atrocidade.


O Expressionismo

Esse movimento, originário da Alemanha, procura expressar as emoções humanas e interpretar as angústias do homem do início do século XX.  

Edvard Munch


Principal representante do expressionismo, Edvard Munch, pintor norueguês, é reconhecido pelo seu quadro O Grito.

Nessa obra, a figura humana não apresenta seus reais contornos, mas se distorce sob o efeito de suas emoções. As linhas sinuosas do céu e da água, e a linha diagonal da ponte, conduzem o olhar do observador para a boca da figura que se abre num grito perturbador.

O Surrealismo

As manisfestações do subconsciente, absurdas e ilógicas, como as imagens dos sonhos e das alucinações, que produzem as criações artísticas mais interessante caracterizam o Surrealismo.
 

Salvador Dali



O trabalho de Dalí chama a atenção pela incrível combinação de imagens bizarras, oníricas, com excelente qualidade plástica. Expoente do movimento Surrealista, Dalí realizou inúmeros trabalhos, dos quais merece destaque a Persistência da Memória.


A relatividade do tempo e espaço (ambos maleáveis), característica notada também na marcação das horas, distinta nos três relógios, e na mosca pousada em um deles, indicando que “o tempo voa".

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Dia do Leitor

Livros, de Van Gogh Em comemoração ao Dia do Leitor, indico um livro muito agradável de se ler. Trata-se de No mundo dos livros, do paulistano José Mindlin, um dos maiores amantes dos livros. Antes de falar propriamente sobre o livro, farei uma breve biografia do maior bibliófilo brasileiro.  José Mindlin nasceu em São Paulo no ano de 1914. Filho dos judeus Ephim Mindlin e Fanny Mindlin, José Mindlin desde criança mostrou seu interesse pela leitura, já que seus pais eram ávidos leitores. De 1932 a 1936, cursa a tradicional Faculdade de Direito do Largo do São Francisco. Trabalhou como advogado, empresário e jornalista. Dentre os seus clientes no escritório onde trabalhava tinha o escritor Monteiro Lobato e o historiador Caio Prado Jr. acusados na época de serem comunistas. No decorrer de sua vida, Mindlin monta aquela que mais tarde viria a ser considerada a maior e mais importante biblioteca particular do Brasil. Infelizmente, em fevereiro de 2010, esse grande bibli...

A escola brasileira e a fragmentação do ensino

* Por Viviane Mosé A educação brasileira é como um linha de montagem, onde a repetição e segmentação imperam. O modelo escolar que ainda predomina no Brasil foi diretamente marcado por dois fatores, a industrialização tardia e o regime militar. Inspirada na linha de montagem de uma fábrica, que fragmentou o trabalho humano tendo em vista o aumento da produtividade, nossa escola se caracterizou pela fragmentação, pela segmentação como modo de ação, como método. A vida escolar se organiza em séries, e os saberes se dividem em diversas disciplinas, sem conexão umas com as outras, ministradas em aulas de 50 minutos, que ainda se anunciam  por um sinal sonoro. O espaço é sempre muito segmentado, dividido por inúmeras salas, corredores, com pouco espaço de convivência, com pouca circulação. O objetivo era segmentar para aumentar a produção, o país precisava produzir mão de obra em massa para suprir a engrenagem industrial que estava nascendo. A escola para todos é uma escola de ...

Para que servem as ficções?

Hoje, fui estudar Português e para minha felicidade apareceu um texto maravilhoso, escrito por Contardo Calligaris. De forma mágica, ele mostra aos leitores a importância das ficções na construção da humanidade.                   Cresci numa família em que ler romances e assistir a filmes, ou seja, mergulhar em ficções, não era considerado uma perda de tempo. Podia atrasar os deveres ou sacrificar o sono para acabar um capítulo, e não era preciso me trancar no banheiro nem ler à luz de uma lanterna. Meus pais, eventualmente, pediam que organizasse melhor meu horário, mas deixavam claro que meu interesse pelas ficções era uma parte crucial (e aprovada) da minha “formação”. Eles sequer exigiam que as ditas ficções fossem edificantes ou tivessem um valor cultural estabelecido. Um policial e um Dostoiévski eram tratados com a mesma deferência. Quando foi a minha vez de ser pai, agi da mesma forma. Por quê? ...