Pular para o conteúdo principal

Mídia e construção imagética: uma representação da realidade

Esse artigo, assim como outros dois já postados, traz o assunto mídia. É crucial a informação acerca das múltiplas realidades apresentadas pelos veículos de comunicação. Não devemos nos prender a uma emissora de televisão, mas sim  a várias; a uma estação de rádio, mas a diversas e nem apenas a um site de notícias, mas  a inúmeros. É com uma análise minuciosa que poderemos olhar, criticamente, as interpretações construídas pelos veículos e, a partir daí, construir nossas próprias interpretações. Tudo isso se resume a uma palavra: DEMOCRACIA.

A natureza humana e a construção de imagens estão intimamente ligadas. Desde sua origem, o homem representa uma realidade de acordo com o estágio no qual a sociedade se encontra. O homem pré-histórico representava seu cotidiano através das pinturas rupestres. Por outro lado, o homem contemporâneo, pelo contexto onde se encontra, apropriou-se das imagens como forma de dominação, utilizando-se dos meios de comunicação.

Atualmente, a representação das imagens acontece num contexto capitalista, mas não muito diferente do passado: a forma de dominação é, predominantemente, econômica. O mundo globalizado proporcionou a massificação das informações através dos inúmeros veículos da comunicação, como a televisão, o rádio e a internet. Essa hegemonia, segundo o escritor uruguaio, Eduardo Galeano, é chamada "ditadura eletrônica".
A "ditadura eletrônica" consiste em manipular a realidade através da construção imagética e transmiti-la de acordo com os interesses dos "donos da mídia". Várias vezes, os espectadores surgem como seres passivos e alienados, sem o mínimo de discernimento entre a realidade e a deturpação desta; entre uma e múltiplas verdades.
Percebe-se então a necessidade do homem em criar imagens para representar uma realidade e o desenvolvimento social na evolução imagética. Na sociedade capitalista nota-se a apropriação das imagens de acordo com os interesses econômicos para repassar as várias interpretações para os espectadores.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Despudorado soneto erótico

Há uns três anos, li um livro interessante, chamado Minhas histórias dos outros . Agora, não vou falar do livro, mas de uma página. Engraçado ler um livro de duzentas e tantas páginas e só se interessar por uma. Pois é. Interessei-me bastante por esse soneto, como disse Zuenir Ventura "um despudorado soneto erótico." O nome do soneto é A cópula. Meninas, por gentileza, não fiquem coradas! Não passa de uma cópula escrita por Manuel Bandeira. A cópula Depois de lhe beijar meticulosamente o cu, que é uma pimenta, a boceta, que é um doce, o moço exibe à moça a bagagem que trouxe: culhões e membro, um membro enorme e tungescente. Ela toma-o na boca e morde-o. Incontinente, Não pode ele conter-se, e, de um jacto, esporrou-se. Não desarmou porém. antes, mais rijo, alteou-se E fodeu-a. Ela geme, ela peida, ela sente Que vai morrer: - "Eu morro! Ai, não queres que eu morra?!" Grita para o rapaz que aceso como um diabo, arde em cio e tesão na amorosa gangorra E titilando...

Para que servem as ficções?

Hoje, fui estudar Português e para minha felicidade apareceu um texto maravilhoso, escrito por Contardo Calligaris. De forma mágica, ele mostra aos leitores a importância das ficções na construção da humanidade.                   Cresci numa família em que ler romances e assistir a filmes, ou seja, mergulhar em ficções, não era considerado uma perda de tempo. Podia atrasar os deveres ou sacrificar o sono para acabar um capítulo, e não era preciso me trancar no banheiro nem ler à luz de uma lanterna. Meus pais, eventualmente, pediam que organizasse melhor meu horário, mas deixavam claro que meu interesse pelas ficções era uma parte crucial (e aprovada) da minha “formação”. Eles sequer exigiam que as ditas ficções fossem edificantes ou tivessem um valor cultural estabelecido. Um policial e um Dostoiévski eram tratados com a mesma deferência. Quando foi a minha vez de ser pai, agi da mesma forma. Por quê? ...

Baú Cultural com Lucivânio Jatobá

O Baú Cultural traz um tema muito importante debatido no auditório da Livraria Cultura pelo geógrafo pernambucano Lucivânio Jatobá: Eventos climáticos na porção oriental do Nordeste brasileiro e a análise geográfica. . A palestra foi organizada pelo professor universitário Gilberto Rodrigues o qual coordena a Fundação Gaia - www.ciclogaia.com -  que traz a ideia de promover alterações no modo de olharmos o planeta Terra. A Fundação Gaia promove palestras todos os meses na Livraria Cultura. O Palestrante   Lucivânio Jatobá, no auditório da Livraria Cultura Convidado para ministrar a palestra organizada pela Fundação Gaia, Lucivânio Jatobá nasceu em Pesqueira, PE. Mestre em Geografia pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. Ensina nessa universidade desde 1977. Atualmente, ele é professor adjunto do curso de ciências ambientais da UFPE. Com vasta experiência acadêmica, o geógrafo pernambucano lecionou em inúmeras universidades, dentre as quais se destac...