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Meios de Comunicação - segunda edição

Uma jornalista fazia sossegada suas compras numa grande rede de supermercados do Recife, quando assaltantes muito bem armados anunciam um assalto no supermercado. Aproveitando-se da situação, a jornalista pega seu telefone e liga para a redação do jornal onde ela trabalhava. Veementemente, ela ordena aos fotógrafos e jornalista do jornal para virem imediatamente para o supermercado, pois um grupo de assaltantes havia acabado de anunciar um assalto. A jornalista espera minutos e mais minutos e nada dos jornalistas chegarem. Os policiais chegam, tomam conta da situação e a jornalista perde a oportunidade de cobrir uma importante notícia. Ao chegar à Redação, ela furiosamente pergunta por que ninguém mandou uma equipe para o local. 
O dirigente responde:
-O dono dos supermercados manda nesse jornal!

Essa história ilustra de maneira clara como os meios de comunicação dependem do interesse do dono do veículo. Percebe-se que as notícias veiculadas pelas TVs sensacionalista são escolhidas à dedo, ou seja, se uma notícia não trouxer vantagens para o poderoso das comunicações, ela será descartada ou até deturpada. 
O escritor uruguaio Eduardo Galeano, famoso pelo seu livro As Veias Abertas da América Latina, definiu a detenção unilateral dos veículos de comunicação como uma "ditadura eletrônica". São impossíveis atualmente os veículos da comunicação, como rádio, televisão, revistas, jornais, internet, dentre outros não atingirem as pessoas. Aproveitando-se do mundo imagético e simbólico, os "donos" ordenam a produção dos mais diversos apelos. Consumir e ser feliz, esse é o lema das propagandas. Só para termos uma ideia, através de estatísticas antigas, mais de 50 % dos meios de comunicação dos Estados Unidos estavam controlados por 23 grandes corporações transnacionais. Isso nos mostra que os principais veículos, principalmente a televisão nos enchem de imagens para obterem lucro. É óbvio!
A discussão recai sobre a democratização dos meio de comunicação. Por enquanto, a televisão é um difícil veículo para se democratizar. Mas a internet já nos mostrou sua eficiência ao horizontalizar as pessoas. Não existe um "dono", mas inúmeros colaboradores que mantêm a internet em funcionamento. Um das ferramentas que, ultimamente demonstraram tamanha eficiência na democratização das informações foi as redes sociais. Basta olharmos as principais notícias do mundo árabe e percebermos o quanto a compartilhamento de ideias ajudou aqueles países a se livrarem das amarras do totalitarismo islâmico.
Até agora teremos que assistir as propagandas que apelam para o consumismo ou se preferirem, ler um livro!

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