Cuba: um marco
Fabiano Stoiev*
Nem o bloqueio econômico imposto pelos EUA e nem a atual crise capitalista mundial impediram Cuba de bater um novo recorde de redução da mortalidade infantil. Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o índice de mortalidade na ilha caribenha caiu para 4,5 a cada mil nascidos no ano passado. A média na América Latina é de 19 a cada mil. Mesmo a maior potência mundial, os Estados Unidos, é incapaz de oferecer condições de assistência e saúde aos recém-nascidos com a mesma eficiência que a ilha socialista. O índice estadunidense é de 6,3 a cada mil nascidos.
A gratuidade, a qualidade e a abrangência do sistema de saúde de cubano são os valores que sustentam o nível de atendimento à primeira infância. Uma rede composta por médicos da família, centros policlínicos nos bairros, maternidades e hospitais especializados para os casos mais graves garante o acompanhamento das mulheres cubanas em todo o período de gestação, além dos cuidados neonatais.
Mas como uma pequena ilha caribenha, com recursos econômicos tão limitados, pode oferecer um atendimento à saúde tão eficiente? É uma questão de prioridade. Só uma economia socialista, planificada, pode permitir que os recursos necessários sejam investidos no que é considerado essencial: na proteção e valorização da vida. Com a propriedade e o controle social dos meios de produção, a economia pode ser posta a serviço da sociedade, e não o contrário. A experiência cubana, com todos os seus problemas políticos e econômicos, tem sido prova disso nos últimos 50 anos.
Por essas e por outras, a defesa das conquistas da revolução cubana não é indiferente a um militante socialista. A experiência da ilha caribenha é um marco que, feita toda crítica necessária, aponta alguns caminhos para a construção de um futuro melhor para toda a humanidade.
* Fabiano é professor de história na rede pública de Curitiba
Artigo do Jornal da Esquerda Marxista – Luta de Classes – Ano V – Ed. 39
Pena que isso não vai durar muito tempo, pois esse país está entrando em crise e vai ser tomado pelo impiedoso capitalismo.
ResponderExcluirTambém acho! A economia do país necessita de investimentos estrangeiros para se sustentar.
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