Foram tentativas e continuarei tentando. Meu corpo é pólvora. Falta apenas uma fagulha para eu explodir. Enquanto isso, vou deixando rastros de pólvora. Passei por tantos lugares. Se um dia pegar fogo, as marcas ficarão no chão, mostrando as linhas que fiz. Algumas pessoas vão até rir dos locais por onde passei. Mas no final as linhas carbonizadas no chão formarão um nome chamado tentativas de amar.
Há uns três anos, li um livro interessante, chamado Minhas histórias dos outros . Agora, não vou falar do livro, mas de uma página. Engraçado ler um livro de duzentas e tantas páginas e só se interessar por uma. Pois é. Interessei-me bastante por esse soneto, como disse Zuenir Ventura "um despudorado soneto erótico." O nome do soneto é A cópula. Meninas, por gentileza, não fiquem coradas! Não passa de uma cópula escrita por Manuel Bandeira. A cópula Depois de lhe beijar meticulosamente o cu, que é uma pimenta, a boceta, que é um doce, o moço exibe à moça a bagagem que trouxe: culhões e membro, um membro enorme e tungescente. Ela toma-o na boca e morde-o. Incontinente, Não pode ele conter-se, e, de um jacto, esporrou-se. Não desarmou porém. antes, mais rijo, alteou-se E fodeu-a. Ela geme, ela peida, ela sente Que vai morrer: - "Eu morro! Ai, não queres que eu morra?!" Grita para o rapaz que aceso como um diabo, arde em cio e tesão na amorosa gangorra E titilando...
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