O seguinte texto é sobre minha nova vida depois que comecei a remar. Os vídeos são para aqueles que se interessam um pouco mais. |
Tinha um amigo no colégio onde eu estudava que praticava remo. Naquela
época não tive interesse em fazer. Nesse ano, já que passou essa fase de
vestibular, decidi praticar esse esporte, afinal de contas precisa perder uns
quilinhos, ganhos com a comida nem um pouco saudável dos cursinhos. Li algumas
matérias sobre o esporte, entrei em contado com o Clube Náutico Capibaribe e
pronto.
Comecei a remar no dia 7 de agosto de 2012. No primeiro dia, comecei
fazendo uns movimentos numa máquina chamada remo ergômetro, que simula a remada
de maneira plena. Eu estava muito sedentário, tanto que fiquei dolorido no dia
seguinte só com aqueles movimentos simples.
No dia seguinte já entrei na água. O barco se chama canoe. É um barco
bem maior e mais pesado em relação aos que são utilizados para competições.
Nesse dia, um atleta foi na ré, ensinando como remar. Fiquei meio apreensivo,
com medo de virar. Isso acontece no início, mas depois quando já estava mais
experiente, percebi que o barco não vira nem a pau. Você pode fazer de tudo,
inclinar, balançar e ele não vira. Isso com o canoe, o barco utilizado na
escolinha.
Os barcos olímpicos já são mais instáveis. Não posso falar muita coisa,
só remei uma vez com meu primo, que também rema no Náutico – fui eu que o
arrastei para praticar –, no Double Squiff. Foi uma experiência
interessante. Tivemos que tentar manter a sincronia, mas é muito difícil, além
de que o barco tem um defeito de fabricação que o faz virar sempre para a
direita.
Eu comecei bem disposto. Queria uma nova vida. Uma vida saudável. Digo
que o remo proporciona isso sem dúvida. Primeiro é um esporte que trabalhar
mais de 80% dos grupos musculares (as pessoas têm uma falsa ideia de que o remo
trabalha principalmente os braços. É mentira, as pernas são mais cobradas,
tanto que na academia mais da metade dos exercícios são para as pernas.) e
segundo proporciona um contato com a natureza. É o Recife visto de outro
ângulo. É legal vê o Sol nascendo, as garças voando, os peixes pulando, os
pescadores passando com seus barquinhos ou jogando suas redes das pontes, as
pessoas indo trabalhar, alguns transeuntes com seus cachorrinhos pela manhã.
Além do remo, fazemos outras atividades aeróbias e anaeróbias. Depende
da maré. Se tem maré para remar, remamos. Se não, fazemos essas atividades.
Algumas vezes corri pela rua com meu primo. Na primeira semana foi uma
dificuldade enorme ultrapassar a barreira dos 3,5 quilômetros. Depois eu
consegui. É tudo uma questão de tempo e determinação. É colocar na cabeça que
você é capaz. Você sempre tem que estabelecer metas para serem ultrapassadas.
Depois que eu consegui correr os 3,5 quilômetros, fui em direção aos 5
quilômetros. Consegui sem muito sofrimento. Pensava que não aguentaria. Mas foi
muito fácil. Infelizmente, sofri uma pequena lesão no pé esquerdo devido ao
excesso de corrida. Daí, posso concluir que não devemos exagerar. O
interessante é correr três vezes na semana, alternando o trajeto.
Confesso que pensei em desistir. Primeiro tenho que acordar bem cedinho
– isso agora não é mais problema, já me acostumei -, segundo ter uma
alimentação saudável e terceiro fazer exercícios pesados. Consegui superar tudo
isso. A principal coisa é pôr na cabeça: eu consigo. O legal para estimular é
ler matérias sobre exercícios em revistas especializadas, como a Men’s Health,
a Runners e a Mensch. Você começa a se interessar mais e mais pelo assunto.
Comprei até um tênis melhor, mais macio da Mizuno para correr. Quando você
compra essas coisas, roupas novas, luvas para pegar peso ou um tênis novo, você
se sente realizado. É mais um estímulo para continuar com os exercícios. Mas se
você não tem dinheiro para comprar, corra, se exercite com o que você tem. O
mais importante é não ficar parado.
Vou falar um pouco da minha alimentação. Antes, um amigo até falou para
eu aderir ao vegetarianismo ou ao veganismo. Não curto. Gosto mesmo é de carne.
Bem, minha alimentação é diversificada. Não sei se é balanceada. De manhã como
sanduiche de pão integral, leite com Nescau ou suco, uma fruta, cuscuz...
Sempre procuro fazer um café da manhã reforçado. É importante, pois o remo
exige muito do seu praticante. Algumas vezes senti tontura. Isso ocorreu pela
falta de energia, ou seja, meu café da manhã não foi satisfatório. Minha mãe
tava até reclamando que eu estou comendo muito. Fazer o quê? É normal. Os
músculos se desenvolvem e com isso aumenta o metabolismo. Qual o resultado? Você
precisa de mais comida. Lógico que de forma muito balanceada. O legal mesmo é
procurar um(a) nutricionista especializado(a). Já procurei, mas é caro.
Futuramente eu vou.
Continuarei a remar, gostei muito. Mais ainda do resultado, perdi 4
quilos. Gostaria de fazer outras atividades, como andar de bike, mas a minha
está quebrada. Quanto mais exercícios melhor. Confesso que a primeira coisa que
eu sentir após ter começado a remar foi que meu sono melhorou bastante. Você
dorme bem mais rápido. Talvez eu participe de uma regata comemorativa. Vamos
vê. Uma coisa que eu me esqueci de falar: a mensalidade do remo é 50 reais.
Para mais informações, liga para o Náutico.
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