Pular para o conteúdo principal

Capibaribe: una poesía

No semestre passado, encontrei um folheto que falava sobre um concurso literário que haveria na Espanha. Decidi então traduzir meu texto Encontro com o Capibaribe para enviá-lo. Acaba que desistir de concorrer, mas de qualquer forma foi um desafio traduzir esse texto. 
Gostaria de agradecer aos professores Janayna Alves, Ismael Balbín e Patrícia Mengual, professores do Instituto Cervantes, que com muito carinho me ajudaram. 

"El centro de la ciudad, inspiración de los poetas marginales, está dormido. Los ratones caminan por las basuras acumuladas después de un día agitado. Ciudad de los puentes antiguos. Ahora, ellos  descansan. Los automóviles se calmaron.
A través de la rua do Sol y da Aurora, escurre el Capibaribe, río de Cabral y de Bandeira, de Josué y de Science. Río poético. Su poesía es de basura y de mangues; de peces y cangrejos; pescadores y palafitas.
Desde los puentes lo veo a usted, Capibaribe, correr hasta el mar en su loco deseo de ducharse. Limpiar sus suciedades metropolitanas. ¡Vaya! Siga su rumbo y bañe su cuerpo. Cuando esté listo, apreciaré su belleza.
Mientras camino lentamente, miro las construcciones gloriosas, apreciándolas. Palacios, teatros y plazas observan su caminata, Capibaribe. No voy a retrasarme. Quiero ver su brillo.
Paso silenciosamente a través del puente Princesa Isabel. Él duerme, no quiero molestalo. El teatro canta incluso tarde. El sonido divierte la ciranda del Baobab de la plaza. El palacio del Campo silba alegremente.
Es secreto. Todas las noches las estatuas recifenses se unen  en esta fiesta. Llega un momento en que ellas descansan. ¡Pobres! Lloviendo o no, están en varios sitios enseñando sus significados. Pero ahora todas danzan a los silbidos.
Pasé escondido, pues nadie puede saber que un hombre las vio bailar. ¡Silencio! Vamos… El Capibaribe me está esperando.
Atravieso Buarque de Macedo: puente grande y bello. Siento la ansiedad del río.
Él me aguarda.
También estoy ansioso. Veo a lo lejos el Marco Zero. Apresuro mis pasos. El encuentro acontecerá.
Pisé encima del Marco: Norte, Sur, Este, Oeste. Este es mi rumbo. ¿Qué hago para encontrar el Capibaribe?
El barco está abajo en el muelle. Remaré hasta los arrecifes. Mi encuentro, nuestro encuentro, Capibaribe, llegará. Ya estoy remando. Mi corazón está latiendo fuertemente. Mis pelos flamean. La brisa hace su sonido. La lechuza en su vuelo sereno miró fijamente mis ojos. Sonreí.
El barco llegó a las piedras.
A pasos lentos, me acerqué  al mar.
Él estaba  irreconocible. Bello. No dije nada, solo me encanté. Había terminado mi saga: encontrar el Capibaribe secretamente  y apreciar toda su belleza. Su importancia, sus versos preciosos, sus rimas bien construidas.
El día a día no nos permite percibir tanta poesía en sus aguas. Los hombres con ganas de que todo ocurra inmediatamente, no ven  los pormenores. Un bello pájaro es un pájaro, una bella rosa, una rosa, nada más. Un bello río, un río que corre hasta el mar.
Usted, Capibaribe, nunca será un río, pero una poesía que camina suavemente entre la rua do Sol y da Aurora."

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Despudorado soneto erótico

Há uns três anos, li um livro interessante, chamado Minhas histórias dos outros . Agora, não vou falar do livro, mas de uma página. Engraçado ler um livro de duzentas e tantas páginas e só se interessar por uma. Pois é. Interessei-me bastante por esse soneto, como disse Zuenir Ventura "um despudorado soneto erótico." O nome do soneto é A cópula. Meninas, por gentileza, não fiquem coradas! Não passa de uma cópula escrita por Manuel Bandeira. A cópula Depois de lhe beijar meticulosamente o cu, que é uma pimenta, a boceta, que é um doce, o moço exibe à moça a bagagem que trouxe: culhões e membro, um membro enorme e tungescente. Ela toma-o na boca e morde-o. Incontinente, Não pode ele conter-se, e, de um jacto, esporrou-se. Não desarmou porém. antes, mais rijo, alteou-se E fodeu-a. Ela geme, ela peida, ela sente Que vai morrer: - "Eu morro! Ai, não queres que eu morra?!" Grita para o rapaz que aceso como um diabo, arde em cio e tesão na amorosa gangorra E titilando...

Para que servem as ficções?

Hoje, fui estudar Português e para minha felicidade apareceu um texto maravilhoso, escrito por Contardo Calligaris. De forma mágica, ele mostra aos leitores a importância das ficções na construção da humanidade.                   Cresci numa família em que ler romances e assistir a filmes, ou seja, mergulhar em ficções, não era considerado uma perda de tempo. Podia atrasar os deveres ou sacrificar o sono para acabar um capítulo, e não era preciso me trancar no banheiro nem ler à luz de uma lanterna. Meus pais, eventualmente, pediam que organizasse melhor meu horário, mas deixavam claro que meu interesse pelas ficções era uma parte crucial (e aprovada) da minha “formação”. Eles sequer exigiam que as ditas ficções fossem edificantes ou tivessem um valor cultural estabelecido. Um policial e um Dostoiévski eram tratados com a mesma deferência. Quando foi a minha vez de ser pai, agi da mesma forma. Por quê? ...

Baú Cultural com Lucivânio Jatobá

O Baú Cultural traz um tema muito importante debatido no auditório da Livraria Cultura pelo geógrafo pernambucano Lucivânio Jatobá: Eventos climáticos na porção oriental do Nordeste brasileiro e a análise geográfica. . A palestra foi organizada pelo professor universitário Gilberto Rodrigues o qual coordena a Fundação Gaia - www.ciclogaia.com -  que traz a ideia de promover alterações no modo de olharmos o planeta Terra. A Fundação Gaia promove palestras todos os meses na Livraria Cultura. O Palestrante   Lucivânio Jatobá, no auditório da Livraria Cultura Convidado para ministrar a palestra organizada pela Fundação Gaia, Lucivânio Jatobá nasceu em Pesqueira, PE. Mestre em Geografia pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. Ensina nessa universidade desde 1977. Atualmente, ele é professor adjunto do curso de ciências ambientais da UFPE. Com vasta experiência acadêmica, o geógrafo pernambucano lecionou em inúmeras universidades, dentre as quais se destac...