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Fonte:http://bibliotecadepiracicaba.files.wordpress.com/2009/11/quilombolas_kalunga_cavalcante_goias_m.jpg |
Por volta do século XVIII, Bartolomeu Bueno e João Leite Silva, impulsionados pela busca do ouro, iniciaram a colonização da região de Goiás. Com a chegada dos colonizadores, as populações nativas - indígenas, conhecidos na época, como Goyases - foram subjugadas. Muitos foram escravizados, contudo grande parcela fugiu ou foi dizimada.
Com a sede de ouro dos portugueses, centenas de africanos foram transportados de diversas áreas da África. Aportados em Santos, Salvador e Rio de Janeiro, os negros foram levados para as "minas dos Goyases". Suas origens, como a dança, a culinária, a religião e a identidade foram proibidas.
Iniciava-se mais um período de sofrimento. Longas horas trabalhando sob o Sol escaldante, além dos escravos e nativos serem submetidos às torturas, como o tronco e o chicote.
Devido aos intensos maus-tratos, inúmeros escravos resistiam, utilizando-se de revoltas, suicídios e fugas coletivas. Essa última forma de resistência deu origem aos quilombos - que da língua banta, significa acampamento guerreiro na floresta.
Em uma dessas fugas, surgiu o quilombo Kalunga cujo nome significa lugar sagrado, localizado no sertão goiano.
Hoje, há remanescentes do passado obscuro. Cerca de cinco mil pessoas habitam a zona rural dos municípios de Teresina de Goiás, Cavalcante e Monte Alegre. Com o passar dos anos, a população se acostumou com as dificuldades do semi-árido goiano, explorando os recursos do Cerrado para retomar o curso de suas vidas.
Fonte bibliográfica: Almanaque Cultural - Florestas brasileiras. 2007 - nº1 - Edição Cerrado. As belezas do Cerrado brasileiro.
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